Ali Farka Touré para sempre
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Merece saber que a sua música foi e continuará a ser um bálsamo para muitos. Que é única e prodigiosa. Que preenche o coração de quem a ouve. É como um grande rio que nos embala, ao som da sua corrente. Como o rio Niger da sua terra natal.
Articulou como poucos a modernidade e a tradição musicais, do seu país e do mundo, buscando a raiz tradicional norte-africana do blues. Pelo menos, 2 dos seus 8 álbuns ficam como obras universais: Talking Timbuktu (1993) e In the heart of the moon (2005).
Foi também um cidadão do mundo generoso que, depois de glorificado internacionalmente, optou por regressar à sua comunidade de origem e aí partilhar a sua vida, os seus bens e o seu dom artístico.
Deixo-vos com uma das suas melhores músicas deste último disco, «Soumbou Ya Ya», onde dialoga prodigiosamente com o maior mestre da kora de sempre, Toumani Diabaté.
Felizmente, o Mali tem outros grandes músicos que continuarão o seu exemplo (um cheirinho está nesta excelente reportagem da BBC3, de 1989).
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