Divulgação: homenagem aos presos políticos junto à antiga cadeia do Aljube (sáb.º, 10h30)
"O movimento cívico Não Apaguem a Memória! promove no próximo sábado, 1 de Julho, entre as 10h30 e o meio dia, uma concentração junto do Largo da Sé. Daí se dirigirão os manifestantes para a antiga prisão do Aljube, onde antigos presos políticos darão testemunho público da sua prisão durante o Estado Novo. O objectivo da acção é sensibilizar os poderes públicos, designadamente o Ministério da Justiça, que tem a tutela do imóvel, e a Assembleia da República, como representação do Estado, a fazer daquele espaço, meio abandonado, um local que celebre a memória e o exemplo dos que ali lutaram pelos direitos políticos e sociais em Portugal.
A cadeia do Aljube, foi a prisão utilizada pela PVDE/PIDE, a polícia política do Estado Novo, para encarcerar os presos políticos. Nesta prisão não havia qualquer local para recreio e as salas e celas eram impróprias para viver.
Os «curros» do Aljube eram pequenas celas com cerca de um metro de largura, catres basculantes, que, ao baixarem ocupavam todo o espaço, obrigando o preso à quase imobilidade. Estes «curros» eram fechados por duas portas, uma gradeada e outra de madeira, apenas com um pequeno postigo, estando quase todo o dia mergulhadas numa semi-obscuridade.
Eram essas as instalações que a PIDE usava para manter os presos incomunicáveis, durante o período mais intenso dos interrogatórios. Durante o primeiro período, não tinham acesso a caneta, nem a lápis, nem a papel, nem a jornais, nem a livros, nem a relógio, sem espaço para se moverem. Havia ainda a cela disciplinar, n.º 14, onde o preso estava permanentemente às escuras, sem enxerga e, às vezes, a pão e a água.
Devido aos protestos internacionais e a campanhas de oposição internas o Aljube acabou por ser fechado, em Agosto de 1965."
A cadeia do Aljube, foi a prisão utilizada pela PVDE/PIDE, a polícia política do Estado Novo, para encarcerar os presos políticos. Nesta prisão não havia qualquer local para recreio e as salas e celas eram impróprias para viver.
Os «curros» do Aljube eram pequenas celas com cerca de um metro de largura, catres basculantes, que, ao baixarem ocupavam todo o espaço, obrigando o preso à quase imobilidade. Estes «curros» eram fechados por duas portas, uma gradeada e outra de madeira, apenas com um pequeno postigo, estando quase todo o dia mergulhadas numa semi-obscuridade.
Eram essas as instalações que a PIDE usava para manter os presos incomunicáveis, durante o período mais intenso dos interrogatórios. Durante o primeiro período, não tinham acesso a caneta, nem a lápis, nem a papel, nem a jornais, nem a livros, nem a relógio, sem espaço para se moverem. Havia ainda a cela disciplinar, n.º 14, onde o preso estava permanentemente às escuras, sem enxerga e, às vezes, a pão e a água.
Devido aos protestos internacionais e a campanhas de oposição internas o Aljube acabou por ser fechado, em Agosto de 1965."
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