Peregrinação por um país doente, a necessitar de ambulância
O escritor Manuel da Silva Ramos vai lançar o seu último romance, ambulância, esta 5.ª feira, às 19h, no Café Império (ao lado do antigo Cinema Império, Av. Almirante Reis, 205 C, metro Alameda).A sua chegada ao lugar será um happening imperdível, condizente com a obra e o autor.
O livro, com chancela das Publicações D. Quixote, terá apresentação de António Mega Ferreira, seguido dum excurso de Fernando Paulouro pela obra do escritor covilhanense.
Depois vem a festa, à beirã: bom vinho, petiscos regionais (com as inolvidáveis xerovias fritas fundanenses), convívio e as actuações do Rancho Folc.º e Etnog.º do Refúgio e dos Jograis Utópico do Banco de Portugal.
Nestes últimos anos, Manuel da Silva Ramos consolidou uma obra desarmante e profunda, articulando um olhar sobre o mundo e a portugalidade com um desassombro, acutilância e empenho inigualáveis. É um dos maiores escritores lusos vivos, a contra-corrente, o mais inovador estilisticamente, o mais arrojado em termos de linguagem e temáticas propostas, conjugando surrealismo, fantástico e realismo dum modo único, e cultivando distintas modulações da ironia e da sátira como poucos (derrisão, sarcasmo, picaresco, zombaria). Para mais informações sobre a sua obra vd. o blogue específico Café Montalto.
Deixo-vos com um aperitivo para amanhã, retirado da contracapa de ambulância:
"Inverosímil, formidável e fantasticamente literário. Montado na sua hemorróida Ermelinda e de mão dada com a sua namorada, a cadela Carolina, um escritor vivido e na força da sua experiência criativa, empreende uma viagem pelo país profundo à procura dos autores de dois crimes, e, finalmente, depois de muitas aventuras, descobre o criminoso onde menos se espera. Esta peregrinação por um país doente dum escritor política e sexualmente incorrecto leva-nos dos arrabaldes do Fundão aos arrabaldes de Leiria passando por Coimbra, Lisboa e outros lugares anónimos dum Portugal mergulhado na crise económica e na corrupção".
"Inverosímil, formidável e fantasticamente literário. Montado na sua hemorróida Ermelinda e de mão dada com a sua namorada, a cadela Carolina, um escritor vivido e na força da sua experiência criativa, empreende uma viagem pelo país profundo à procura dos autores de dois crimes, e, finalmente, depois de muitas aventuras, descobre o criminoso onde menos se espera. Esta peregrinação por um país doente dum escritor política e sexualmente incorrecto leva-nos dos arrabaldes do Fundão aos arrabaldes de Leiria passando por Coimbra, Lisboa e outros lugares anónimos dum Portugal mergulhado na crise económica e na corrupção".
A entrada é livre, aqui fica o convite. Que mais se pode pedir para um fim de tarde na Lisboa desassossegada?
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