sábado, agosto 19, 2006

Equívocos duma polémica antiga (ainda a crítica)

Num post de ontem, Carlos Leone atribui-me coisas que eu não disse. Concedo que possa ter treslido algumas das suas ideias, mas fez o mesmo comigo: eu nunca preconizei a "morte da crítica", antes o atrofiamento/afunilamento dela na imprensa lusa e de como isso era um sintoma do défice de debate público ("grau exagerado de filtragem existente na imprensa lusa, sintoma para mim evidente de conservadorismo opinativo e político das elites lusas e de falta de capacidade de debate"). Se tb. falei de censura, foi para responder a uma provocação do género «ou é preto ou é branco», muito «Prós e contras». Neste post retomei os contributos de A. M. Seabra, por isso, aqui fica um esclarecimento.

3 Comments:

Blogger CLeone said...

Olá
Eu escrevi que o Daniel tinha «adoptado o registo indignado da morte da crítica» (ou seja, seguido o estilo «morte da crítica» ao falar até de censura), não que tinha declarado a crítica morta.
De certo modo, o post que deixei hoje ao L. Mourão confirma-se... começo a pensar se ainda terei de escrever ao João Villalobos também. Mas o importante, parece-me, é que estamos em sintonia em geral.
CL

4:22 da tarde  
Blogger CLeone said...

Olá de novo
Fui ver o post que indica, e que de facto já conhecia, em que comenta um dos artigos do Seabra. Se reparar, acabou a falar com o genial Fernandes, daí eu ter falado em inocência, até nessa altura pensei em escrever-lhe. (A propósito: se perceber a referência que hoje o Pacheco faz no Abrupto ao Fernandes, explique-me, está bem?)
Enfim temos coisas mais relevantes e interessantes para discutir como até aqui.
Até breve
CL

4:27 da tarde  
Blogger Daniel Melo said...

Concedo que possa ter gasto cartuchos inutilmente, ainda por cima, numa polémica pouco proveitosa para todos.
É um risco: sabe-se como começa, não se sabe como acaba. Por vezes, reage-se e reflecte-se mais facilmente sobre opiniões que nos parecem inapropriadas do que sobre outras com que concordamos em grande parte ou cuja parte com que podemos discordar não consideramos ofensiva.
Ainda assim, tentei apresentar argumentos sobre uma questão que reputo relevante, a saber, a da necessidade de se reforçar a pluralidade de pontos de vista e de reflexão crítica no espaço público. E, aqui, continuo a pensar que cabe aos meios de comunicação social, sejam mainstream sejam outros, um papel importante, embora não exclusivo.
Os paradigmas predominantes são-no sempre numa instável e mutável relações de forças.
Qt. à nota hermética de JPP, quer-me parecer que toma a pessoa a que alude (e ao respectivo blogue) como representativa de certa orientação editorial no DN.

2:05 da manhã  

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