Do abandono da II República espanhola pelas democracias ocidentais
Foi recentemente publicado o livro La soledad de la República, do historiador espanhol Angel Viñas. Nele se abordam o 1.º quadrimestre da Guerra Civil espanhola, em especial as relações então entretecidas pelas principais potências euro-ocidentais com o Estado espanhol.
Uma das suas teses é que a II República acabou nos braços de Estaline não por afinidade ideológica mas sim pelo abandono a que foi votada por parte da França e Reino Unido. Segundo Viñas, esta última praticou inclusivamente uma "hostilidade encoberta" contra um governo democrático enfrentando uma sangrenta sublevação militar que teve logo o apoio de Mussolini e Hitler. Para tal recorreu a documentação, parte dela inédita, dos arquivos de serviços secretos soviéticos e britânicos. Este livro é a 1.ª parte dum grande fresco do autor sobre a Guerra Civil, que terá 3 volumes.
Tudo isto é referido na entrevista que saiu no El País de hoje (vd. aqui). Segue-se a recensão crítica de José María Ridao, com o sugestivo nome de «Reconstrucción del naufragio». Outra recensão, de Rafael Nuñez Florencio, encontra-se aqui.
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