Eles vivem
A direita populista tem andado adormecida. Pela força das circunstâncias, Paulo Portas e Pedro Santana Lopes saíram de cena. Telmo Correia perdeu o congresso do PP. Nobre Guedes vai ter com que se entreter para os próximos tempos. A previsível chegada à presidência de Cavaco abre-lhes, porém, uma janela. Conscientes de que, a partir de Belém, Cavaco só pode desiludir a direita mais presidencialista ao mesmo tempo que vai transformar o PSD no seu quintal presidencial, os populistas preparam toda uma reconfiguração do lado direito do espectro político. O patético artigo de Santana Lopes ao Expresso é um sinal, a que se junta um outro na mesma edição do semanário de um seu ex-adjunto, Ricardo Alves Gomes, que prepara a vingança do PPD sobre o PSD e a união com o PP à revelia do CDS de Ribeiro e Castro. Os últimos meses de higiene democrática não devem fazer esquecer a política da trapalhada. E se tudo ruir – o governo Sócrates e a presidência «dinâmica» de Cavaco Silva -, cá estarão eles, com uma patine de falsa modernidade, para rapidamente apanharem os cacos.
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