quarta-feira, outubro 04, 2006

Literacia e liberdade

Acabou de sair o n.º 6 da revista O Direito de Aprender, uma publicação que pugna pela educação ao longo da vida e para todos.
O presente n.º contém as intervenções ao Encontro de Educação e Formação de Adultos, que decorreu no final de 2005 e contou com a presença de mais de 400 pessoas. Nele foi proposta uma Rede Nacional da Educação e Formação de Adultos em Portugal.
A revista aborda outros assuntos relevantes para o desenvolvimento local e sustentável: a agricultura biológica em Sever do Vouga; a Animação comunitária – educação de adultos num bairro de predominância cigana (Olival); relato do curso de Acompanhantes de Crianças em Évora; a Universidade do Tempo Livre de Coimbra; a situação dos centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências.
O seu 1.º n.º surgiu em Maio de 2004, e desde então já cruzou a educação/ formação com temas como os museus, a saúde, as bibliotecas (neste n.º 4, com um dossier muito rico, destaco a reportagem sobre "A biblioteca que deambula", iniciativa inovadora da animadora cultural lusofrancesa Margarida Guia). Vale a pena atentar tb. nalguns dos textos aí disponíveis do seu mentor e um dos maiores peritos em educação e associativismo local, Alberto Melo (Univ. de Faro): vd., por exemplo, este (sobre associações locais) e este (sobre política de educação de adultos).
Da revista respiga-se ainda, para reflexão, o diágnóstico crítico da educação e formação em Portugal, retirado da entrevista a um dos mais reputados especialistas da área, Licínio Lima (Univ. do Minho):
"O maior problema de Portugal é a ausência de retaguarda educativa e não o de falta de qualificações profissionais. Não vale a pena recorrer a truques, como o «choque tecnológico»; o problema é de décadas. Para resolvê-lo, é preciso investir profundamente na educação de adultos em várias áreas, na educação popular, na alfabetização literal. O investimento e as políticas públicas são essenciais, a educação de adultos não pode estar entregue ao mercado".
Tal periódico não podia ser mais oportuno, a própria ONU lançou em 2003 a Década da Literacia, uma campanha mundial de fomento de iniciativas locais neste âmbito, sob o lema «Literacia como expressão da liberdade». A este propósito, sugiro o visionamento em vídeo dos cartazes da campanha (nb: quem neste link só conseguir ouvir música terá que ir aqui, escolher portfolio e aí clicar no ícone de Ghandi, a 2.ª imagem do topo esq.).

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

visita n.º1

10:03 da tarde  

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