Votar Cavaco não votando
Depois de 86 Soares bateu, em 1991, Basílio Horta por mais de 55 pontos percentuais, obtendo cerca de 70% dos votos. Em 1996, Sampaio bateu Cavaco Silva por mais de 7%. Registe-se que este resultado de Cavaco, após 10 anos de governo, foi muitíssimo bom. Poucos acreditavam que depois do desgaste provocado por tanto tempo no poder o professor pudesse verdadeiramente vencer. Em 2001 Sampaio consegue o 2º mandato com perto de 56% dos votos, logo à 1ª volta e apesar dos múltiplos candidatos. Portanto a conclusão é simples: desde 1986 que não se antevia um confronto presidencial tão quente como o próximo. Causa ou efeito disso mesmo, os próprios protagonistas, Cavaco de um lado e Soares do outro (mesmo considerando Alegre à frente de Soares no barómetro Marktest de hoje), são também eles, ainda, as duas principais figuras do nosso regime democrático dos últimos 20 anos.
Cavaco, como Freitas em 1986 (46.26% na 1ª volta), parte com um resultado estimado que o posiciona muito perto da vitória logo no 1º round. Se assim acontecer não há nada a fazer. Caso contrário tudo se torna muito mais interessante. O 1º objectivo da esquerda deve pois ser o de evitar a vitória sumária do professor, obrigando-o a jogar o prolongamento. Em 86 a abstenção rondou os 21%, e se este resultado se pode apenas sonhar para 2006, uma coisa é ainda assim certa: abstermo-nos à esquerda é sinónimo de votar Cavaco.
Cavaco, como Freitas em 1986 (46.26% na 1ª volta), parte com um resultado estimado que o posiciona muito perto da vitória logo no 1º round. Se assim acontecer não há nada a fazer. Caso contrário tudo se torna muito mais interessante. O 1º objectivo da esquerda deve pois ser o de evitar a vitória sumária do professor, obrigando-o a jogar o prolongamento. Em 86 a abstenção rondou os 21%, e se este resultado se pode apenas sonhar para 2006, uma coisa é ainda assim certa: abstermo-nos à esquerda é sinónimo de votar Cavaco.
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