Blogues históricos, pois claro!
Chegou finalmente o que o estimado leitor, aí, desse lado do écran, ansiava há muito tempo: uma nova listinha, sim, mas de blogues de História!
Chegou finalmente o que o estimado leitor, aí, desse lado do écran, ansiava há muito tempo: uma nova listinha, sim, mas de blogues de História!
A 5 de Outubro não calhou, mas não queria deixar passar a evocação da I República antes do ocaso deste mês. A I República é um dos períodos da História contemporânea mais fascinantes e está a necessitar de revisitações críticas que superem os julgamentos enviesados para uso na peleja ideológica actual.
Começou ontem e acaba amanhã o I Congresso Internacional de História Oral nativo. Decorre no auditório da magnífica Biblioteca Municipal Almeida Garrett (junto ao Palácio de Cristal, no Porto).
O esmagamento da revolução húngara de 1956 pelos tanques soviéticos, que faz por estes dias 50 anos, deu início ao lento ocaso do comunismo no mundo. Podia, hipoteticamente, ter sido só o enterro do estalinismo, mas não foi. A responsabilidade é da União Soviética, mas também da Guerra Fria, por razões 'estruturais' e conjunturais: os EUA alhearam-se da questão por fidelidade ao mapa de Ialta, a crise do Suez desviou a atenção internacional (sobretudo a das potências europeias), a URSS não sentia pressão para concessões e receava o perigo de contágio pela Europa oriental e o consequente
xeque ao Pacto de Varsóvia.
"Portugueses ainda perfilham moral tradicionalista", titulava bombasticamente o Público deste sábado (p. 2). Seria motivo de preocupação se fosse verdade. Mas não é. E o pior é que se baseia no empolamento duma questão, a 1.ª, já de si mal formulada.
Este fim-de-semana, pelas 18h, a Casa d' Os Dias da Água acolherá 2 debates organizados pelo Teatro do Tejo e moderados pela jornalista Fernanda Câncio, respectivamente sobre "A arte e a guerra" e "Arte, razão e direitos". É o culminar do projecto «Teatros de guerra», que incluiu ainda a peça «O monumento» (Colleen Wagner), entre outros eventos. Toda a informação no blogue incomunidade.
Está de volta o doclisboa e melhor do que nunca, a avaliar pelo veio lusófono. Neste capítulo, e até 29/X, destaco os seguintes 10 documentários (guiado pelos resumos):
O Prémio Nobel da Paz deste ano foi atribuído ex aequo a Muhammad Yunus e ao Banco Grameen, de que é fundador. O de Economia fora já para Phelps, alguém que dedicou grande parte da sua pesquisa a estudar o desemprego. Prova de que a Academia Sueca está atenta ao trabalho que aproveita a muitos, a muitos e desfavorecidos.
blogue!);
O II Congresso Português de Literaturas Marginais tem hoje o seu 2.º e último dia na FLUP. O cardápio é tentador (vd. aqui), quem me dera já estar no Porto (só aí estarei lá mais adiante, noutro Congresso, o de História Oral).
Um dos pensadores mais influentes da actualidade, Homi Bhabha, conferencia hoje na FCG (aud.º 2, 18h30). É uma boa oportunidade para ouvir um indiano parsi, formado em Oxford e investigador de Harvard falar da globalização como transição, dos seus erros e virtualidades. Aproveita-se para respigar ideias relevantes por si expostas em recente entrevista a Alexandra Lucas Coelho (Pública, 8/X).
Faz este mês 4 anos que o 3.º mais importante arquivo histórico do país se encontra encerrado ao público. Falo do Arq.º Histórico da CML, fechado em bolhas numa desterrada garagem do Alto da Eira, só estando acessível o núcleo do Arco do Cego e os processos de obra.
Agora num registo mais sério, há mais para dizer, há. 
Tinha que ser em grande, com trombetas e cantos de cisne. Vem em parangonas (em ingalixe, soundbytes): a Nova Expo, uma Baixa idílica, um novo Terreiro do Paço, tão cara como a Ponte Vasco da Gama, e, para não destoar, o bebé posto no colo do Governo, claro, assim sempre se pode passar culpas se nada for feito. Do que já não fizeram alardo é que custa +de 220 milhões de contos (1104,8 milhões de Euros: cf. p. 148 da "proposta"), vai trazer mais obras por um ror de tempo (é o costume), +1200 lugares de estacionamento (ou seja, convidando mais carros para dentro da cidade), mais 1 circular para trazer mais trânsito, + de 2000 camas em novos hotéis (sendo 1 no Terreiro do Paço), 1 elevador para o Castelo (aquele mesmo que incensaram há uns anos atrás), 2 novas empresas para boys (para além do novel Comissariado da Baixa) e, sim, habitação... para ricos. Qual é, então, a oportunidade duma megalomania destas perante uma autarquia enterrada em dívidas até ao pescoço e face a um país a ver se contém o desperdício público e equilibra défices crónicos?
Acabou de sair o n.º 6 da revista O Direito de Aprender, uma publicação que pugna pela educação ao longo da vida e para todos.

"que ideia, que tipo de humor negro, meu caro Correia de Campos, o de chamar taxas moderadoras a intervenções cirúrgicas ou internamentos. Será que alguém gosta que o operem - a não ser em casos de masoquismo clínico particularmente raros? Ou será que as pessoas vão pretender passar férias internadas em Santa Maria, a comer aquela horrenda comida que nem os gatos famintos comem? Devemos, é claro excluir os casos em que as famílias abandonam os doentes nos hospitais porque não os querem em casa - e isto são terríveis casos sociais que, como tal, devem ser tratados.